Notícias

Com a confirmação de primeiro caso de dengue do ano no Município, de caso suspeito de dezembro do ano anterior, ações de combate se intensificam nos últimos dias. A Secretaria de Saúde reforça combate ao mosquito, especialmente na região onde caso foi confirmado, no Loteamento Jardins. Além das ações de prevenções rotineiras, quatro equipes foram deslocadas para o Bairro, onde foi feita orientação aos moradores, vistoria, coleta e análise de larvas e fumacê (com o método UBV e uso de inseticidas).

“Não podemos esconder a situação e os índices, devemos buscar a real situação epidemiológica e trabalhar de forma estratégica para resolvê-lo. Neste primeiro arrastão foram encontradas várias situações a serem solucionadas e a tendência neste momento é a elevação de índices, mas com trabalho e união, de todos e com o trabalho da equipe de vigilância, vamos conseguir diminuir significativamente este indicador para o próximo ciclo”, explica o Secretário de Saúde, Fabiano Popia.

Os agentes epidemiológicos estão fazendo trabalho em 100% das casas, em um raio de 300 metros de onde apareceu o primeiro caso. Em casas que foi achado a larva, é emitida uma notificação e o proprietário tem 48 horas para solucionar o problema encontrado. O processo administrativo de autuação passa por três estágios: notificação (com prazo para eliminar o foco); não resolvendo a situação, é feito uma intimação e, persistindo o problema, o cidadão é multado, cabendo ao gestor aplicar multa conforme Lei vigente no Município, Lei Nº 3542/2016.

Quem apresenta os sintomas da dengue, como dores nos olhos, cabeça e corpo, febre, e em alguns casos, manchas vermelhas pela pele, vômito e diarreia, deve procurar a Secretaria de Saúde e não se automedicar. A dengue é transmitida pela picada do mosquito infectado, principalmente o Aedes Aegypti.  Mesmo quando o caso ainda não foi confirmado por exame laboratorial, é recomendado repouso do 1º dia que aparecem os sintomas e pelos próximos 15 dias. Esta medida serve tanto para recuperação da doença quanto para evitar que mosquitos piquem a pessoa e transmitam aos demais a dengue. Ainda, recomenda-se tomar muita água e passar repelente a cada 2 horas.

A enfermeira Lídia Posso, da Vigilância Epidemiológica, explica que faz a abordagem ao paciente, a busca ativa e dá as orientações que ele deve seguir. “Estamos divulgando as localidades e o que deve ser feito, para que as pessoas redobrem os cuidados naquelas áreas”, complementa Lídia.

Dengue no Município

Chopinzinho passou a ser considerada infestada pelo mosquito da dengue em 2016, e desde então, as estratégias de trabalho se intensificaram no combate ao transmissor da dengue. No ano passado, computou-se 18 casos de dengue confirmados.

A Vigilância Sanitária é responsável por alimentar e gerir o Programa Nacional de Controle de Dengue. A estratégia utilizada é com seis ciclos, com coleta de larvas a cada 10 casas, por região. Deste modo, obtém-se o índice de larvas predial, averiguando a situação de cada localidade. Depois desta etapa, começando pelo local de maior índice de infestação, se faz o tratamento de 100% do Município, eliminando todos os focos. “Além disso, temos o tratamento de pontos estratégicos dos pontos críticos da cidade – como borracharias, ferro velhos, cemitério -, que é feito a cada 15 dias, com utilização de larvicida”, conta Maricleusa Paim, supervisora dos agentes de endemias.

“Na vistoria nós chegamos, nos apresentamos, perguntamos se podemos fazer a vistoria, desde potes, pneus e até em uma casca de ovo. Quando encontramos água parada, eliminamos o foco. Em cada casa que passamos, orientamos sobre o que fazer”, diz a agente de endemias Cristiane Marcondes. Todos os agentes são identificados por coletes da Secretaria de Saúde. As larvas encontradas são coletadas e levadas até a Vigilância, e lá mesmo é feito a análise. “Estamos encontrando muito lixo e os principais acumuladores tem sido lonas e restos de construção, como potes e baldes, que são abandonados e onde nós encontramos muitos focos”, complementa Cristiane.

Chopinzinho conta com um Comitê da Dengue, hoje formado por servidores da Saúde. Fabiano, Secretário da pasta, explica que estão revendo a participação do comitê, para envolver mais setores do Município. “Sabemos que o problema da dengue não é só da Secretaria e Saúde, e sim de toda a comunidade. Temos que somar forças no combate ao Aedes Aegypti”, ressalta, complementando que a nova equipe integrante do Comitê vai ser formada pelas Secretarias de Educação, Assistência Social, Obras e Viação, Administração, além da Câmara de Vereadores, Polícia Civil, Polícia Militar, Ministério Público, e entidades de apoio, como o Rotary.

O Comitê vai discutir situações problema na cidade e articula Campanhas de Combate ao mosquito e de mobilização, e, quando diminuir o índice, como mantê-lo controlado. “Solicitamos a toda a população que coopere na eliminação de criadores de vetores. São atitudes simples, como colocar o lixo reciclável em um saco plástico, verificar as calhas, retirar qualquer recipiente, desde uma tampinha de garrafa, que possa acumular água. São pequenas coisas, suficientes para a população não pagar um preço mais caro”, reforça Fabiano Popia, Secretário de Saúde.